Escolha uma Página

Apresentação

O Seminário de Estudos da Informação, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFF (PPGCI/UFF) está em sua quarta edição, com a temática: Ética e Políticas da Informação – Agentes, Regimes e Mediações.

Com caráter internacional, o evento discutirá temáticas relacionadas às questões das políticas e regimes de informação voltados ao acesso e referidos a princípios éticos, como inclusão, acessibilidade, regimes de verdade e direito à memória.

English – Programm

 

Período de Realização

De 9 a 11 de setembro de 2015

Local 

Universidade Federal Fluminense (UFF), Campus do Gragoatá – Auditório do Instituto de Matemática e Estatística (IME) – Bloco G

Público Alvo

Pesquisadores, professores, estudantes de pós-graduação e de graduação, profissionais interessados na temática do Seminário.

Promoção

  • Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação/Departamento de Ciência da Informação/Instituto de Arte e Comunicação/Universidade Federal Fluminense.

INSCRIÇÕES ENCERRADAS

 

ESCOPO DA PROGRAMAÇÃO

 

Cada uma das jornadas da programação será dedicada a uma das três linhas investigativas, sem excluir as relações cruzadas  entre os conceitos, os assuntos e as abordagens implicados por essas questões.

 

ÉTICA DA INFORMAÇÃO: 09/09/2015

 

Nas últimas décadas, as questões éticas alcançam uma prioridade temática significativa, em eventos, publicações, ensino e pesquisa. Na vida cotidiana fala-se de ética  tanto em referência às práticas quanto à reflexão sobre as mesmas. Para Capurro (2014) “no contexto acadêmico a ética é entendida atualmente como uma reflexão crítica sobre as regras e os costumes em vigor nas sociedades… ou melhor, seguindo o pensamento de Michel Foucault, como problematização da moral vigente em relação a possíveis formas de autoconceber-se como sujeito na sociedade”.

Nessa direção, as proposições de uma universalização das sociedades do conhecimento e da informação, atualizaram as questões em torno da relação entre tecnologia, informação, cultura e  ética.   Winograd e Flores (1986), no livro Understanding computers and cognition: A new foundation for design, lembram que “todas as novas tecnologias são desenvolvidas dentro do contexto de um entendimento tácito da natureza humana e do trabalho humano. O uso desta tecnologia, por sua vez, leva a mudanças fundamentais no que fazemos e, finalmente, no que significa ser humano. Encontramos questões profundas da concepção quando reconhecemos que ao desenhar instrumentos estamos desenhando formas de vida”.                                                                

Que questões e mudanças caracterizariam a ética da informação, na passagem, conforme Floridi (2014), das sociedades históricas (ancorada na escrita, mas que dependem de plurais fontes de recursos e tecnologias) às sociedade hiperhistóricas,  que se tornam extremamente dependentes das tecnologias de informação?

 

 POLÍTICA DE INFORMAÇÃO: 10/09/2015

 

Na segunda metade do século XX, os discursos e estudos sobre políticas de informação foram construídos em torno do Estado e suas principais estruturas administrativas e jurídicas.

Consideradas inicialmente como políticas menores (low politics), as políticas de informação passaram a ter um lugar preferencial nas agendas políticas dos Estados nacionais ao serem percebidas como de “valor estratégico”.

A partir dos anos 1990, novas configurações de política, nas quais o Estado Nacional interage com outros atores públicos e privados, locais e internacionais, demandarão novos desenhos e estruturas para as políticas de informação. Para muitos, teria acontecido uma passagem de regimes de informação estadocêntricos a regimes de informação onde predominam parâmetros econômicos e tecnológicos.

Será nesse novo cenário, com zonas cinzentas entre a regra convencional corporativa ou privada e o sistema legal formalizado, que regimes e políticas de informação visam a definir a disputa hoje instalada pela governança das ações de informação (GONZÁLEZ DE GÓMEZ, 2015).

Ao mesmo tempo, as tecnologias de informação e comunicação tornam-se indispensáveis para o exercício das funções do Estado e do governo, mas geram situações que escapam do pleno controle do Estado e do governo, como a vulnerabilidade das fronteiras digitais. As tecnologias de informação, como metatecnologias, além de constituir-se como parâmetro indicador e propulsor de mudanças, seriam o novo idioma do poder?

 

DIREITO À INFORMAÇÃO: 11/9/2015

 

O acesso à informação está se configurando como relevante tema em nível brasileiro e na ordem internacional, tanto pelos avanços constitucionais e legislativos na América Latina, com a aprovação e implementação de leis de transparência e acesso à informação, quanto pelo posicionamento político de órgãos internacionais de fomento.

As plataformas normativas geradas neste novo contexto implicam, por sua vez, uma reconstrução de  princípios jurídicos, nomológicos, axiológicos e deontológicos que destacam, sob o viés da questão cotidiana e da vida prática, as necessidades individuais, como a acessibilidade e a usabilidade da informação. Por um lado, as reflexões consideram aspectos teórico epistemológicos e prático políticos e, por outro, incluem diversas narrativas/experiências que redimensionam o cidadão e as comunidades de pertencimento no centro das relações cidadão – Estado.

O objeto do acesso à informação inclui vários aspectos, entre os quais o direito à verdade, à memória, à justiça, aos saberes locais e, de modo especial, o direito à informação contida nos documentos públicos, garantia da transparência e da vigilância dos cidadãos sobre as coisas públicas.

 

 


TRABALHOS APROVADOS

 

 

 

Contato

Secretaria do PPGCI

Telefone: 2629-9671 (de 14h às 18h)

E-mail: seminarioppgci@vm.uff.br

Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal Fluminense - PPGCI-UFF

Rua Tiradentes 148, Ingá, Niterói, RJ. Cep: 24210-510. Telefone: 2629-9671. E-mail: secretaria_ppgci@vm.uff.br

Skip to content